ESTILOS DE DISCIPLINA ENTRE OS PAIS
Por Ed
Young
Os Pais Autocráticos
Há vários estilos disciplinares por
parte dos pais. Os pais autocráticos são ditadores no lar. “É do meu jeito ou
rua”, afirmam certos pais, em termos bem claros. Repetidas vezes, os filhos
ouvem de pais e mães autocráticos: “Você vai fazer isso do meu jeito, senão...”,
ou “Não pergunte por quê! Porque eu disse e está acabado!” Os pais autocráticos
são fortes na disciplina de castigo e ameaça, mas fracos em relacionamentos.
Eles têm um nível elevado de exigências, e um nível baixo de sensibilidade.
George Brackman, um conselheiro familiar, diz que os pais autocráticos
emitem ultimatos aos seus filhos, tais como: “Faça isso, senão...!” “Não há
discussão ou respeito pela posição ou pedido do filho... não há espaço para
acordo”, escreve o Dr. Brackman. Os pais autocráticos “dão ordens e esperam
obediência imediata – sem perguntas a fazer”.
Os pais autocráticos tendem
a desenvolver filhos que se ressentem da autoridade e são limitados na
auto-expressão. Os adolescentes que convivem com pais autocráticos
frequentemente se tornam rebeldes. A frustração se desenvolve quando a criança
se torna mais velha e o estilo autocrático não funciona mais. Porém, pelo fato
de as linhas de comunicação não terem sido estabelecidas entre o pai autocrático
e seu filho, há somente o silêncio – frequentemente repleto de mágoa e ira.
Os Pais Permissivos
Os pais permissivos se orgulham de
construir relacionamentos, mas são fracos em prover a disciplina que guia,
estabelece os limites necessários e desenvolve a segurança na criança. Uma mãe
permissiva poderia dizer: “Amo tanto os meus filhos que não consigo
castigá-los”. Ela cometeu dois erros. Primeiro, está confundindo castigo e
disciplina, e, segundo, acredita que castigo e amor são opostos.
Além de
serem não-punitivos, os pais permissivos apresentam várias outras
características. Eles realmente não querem estar no controle, e prefeririam que
os filhos regulassem seu próprio comportamento. A razão prevalecerá sobre o
poder na atitude de um pai permissivo. Os filhos não terão mais – se alguma –
responsabilidades domésticas casos os pais sejam permissivos. Eles se
desenvolverão como pessoas impulsivas, e, mais tarde, ficarão chocados ao
descobrirem que seus “chefes” nem sempre os consultarão sobre toda decisão
política.
Os Pais Indiferentes
O amor é o oposto do
terceiro estilo de criação de filhos, os pais indiferentes. Esses pais são
fracos tanto na construção da disciplina quanto do relacionamento. O que o filho
ouve desses pais é: “Eu não me importo”. Os pais indiferentes vão desde não
estar envolvidos com seus filhos até a total negligência. Eles minimizam a
interação com seus filhos, que por sua vez crescem e se tornam execessivamente
exigentes. Eles carecem de domínio próprio e se recusam a agir até mesmo de
acordo com os padrões e regras razoáveis. Também se mostram agressivos.
Os Pais Relacionais
Pais relacionais cuidam o suficiente
para disciplinar os filhos. Esses pais entendem a verdade disciplinar vital de
que as regras sem o relacionamento produzem rebelião. O amor verbalmente
expresso sem dar tempo leva à raiva. Muitos filhos são rebeldes e raivosos
porque são criados por pais que não são relacionais.
Anteriormente,
consideramos pais que são autocráticos. Os pais relacionais têm autoridade sem
ser autocráticos. Eles têm o equilíbrio de ser exigentes e sensíveis. A
pesquisadora da Universidade da Califórnia Diane Baumrind descobriu que esses
pais utilizam métodos disciplinares que em primeiro lugar dão apoio, em vez de
meramente punir. Os pais relacionais que têm autoridade exercem o controle sobre
seus filhos, mas pelo fato de os entenderem, eles crescem em flexibilidade. Eles
colocam limites, mas promovem a independência. Os limites definem o “campo de
jogo”, a “arena de atividade”, em vez de serem cercas que aprisionam. Os pais
relacionais fazem exigências aos filhos, mas explicam os motivos por que as
exigências estão sendo feitas. Esses pais levam em conta o diálogo, para que o
filho seja capaz de expressar a sua opinião.
A pessoa desenvolvida por
pais assim sabe como fazer parte de um time. O filho desenvolve a confiança em
si mesmo e cresce em responsabilidade. Em vez de ser agitado e de desenvolver
quando adulto sempre uma busca por “pastos verdejantes”, seja no casamento ou no
trabalho, as pessoas criadas por pais relacionais com autoridade tendem a ser
pessoas satisfeitas.
Há uma grande quantidade de pesquisas e bibliotecas
de livros do tipo “como dizer” sobre criar filhos. Mas se quisermos nos tornar
pais que se relacionam bem com os nossos filhos corretamente, exercer a
autoridade, mas sem tirania, e disciplinar de maneira eficiente, então
precisaremos de sabedoria, inspiração e amor sobrenaturais. O nosso
relacionamento com Deus determinará a qualidade do nosso relacionamento com
nossos filhos.
Texto extraído da obra “Os 10 mandamentos da Criação
dos Filhos: O que Fazer e o que não Fazer para Criar Ótimos Filhos”, editada
pela CPAD.
Fonte: teologia pentecostal
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