Matthew Cullinan Hoffman
BRASÍLIA, BRASIL, 29 de junho de 2012, (LifeSiteNews.com) — Ativistas homossexuais interromperam
uma audiência na quinta-feira na Câmara dos Deputados do Brasil sobre o projeto
de lei que permite que psicólogos tratem homossexuais que desejam mudar sua
orientação, uma atividade que atualmente é proibida pelo Conselho Federal de
Psicologia (CFP).
O projeto de lei, conhecido como Decreto
Legislativo 234/11 e ridicularizado pela mídia esquerdista brasileira como
projeto de “cura gay”, também derrubaria o regulamento do CFP que proíbe os
psicólogos de falar publicamente da orientação homossexual de um jeito
negativo.
Os manifestantes homossexuais começaram
a interromper a audiência quando a psicóloga Marisa Lobo falou defendendo os
direitos dos homossexuais receberem tratamento para seu problema, chamando-a de
“homofóbica”, “fundamentalista” e “barraqueira”.
Psicóloga Marisa Lobo defendendo os direitos os pacientes |
Marisa comentou que a resolução do CFP
que proíbe a terapia reparativa para homossexuais “fere a autonomia do
paciente, pois proíbe o atendimento no caso de ele ser homossexual”, e que como
psicóloga, ela precisa “dar ouvidos a esse sofrimento psíquico” quando os
homossexuais desejam mudar sua orientação.
Os homossexuais na audiência continuaram
a interrompê-la, e no final foram expulsos da Câmara dos Deputados quando
começaram a ler alto uma declaração do CFP repudiando a audiência. Entretanto,
apoiadores cristãos do projeto de lei permaneceram aclamando o autor do projeto
de lei, o deputado federal João Campos, presidente da bancada evangélica no
Congresso Nacional.
Marisa foi também atacada pelo deputado Jean
Wyllys, líder da Frente Parlamentar Mista de Cidadãos LGBT que disse que se
sentiu “incomodado” com as declarações de Marisa, de acordo com o jornal Diário do Grande ABC.
“Não ofendi o deputado”, respondeu
Marisa. “Ele é que tentou me diminuir, tentando afirmar que minhas posições não
podem ser consideradas apenas porque sou religiosa”.
O próprio CFP não quis participar da
audiência, afirmando que a questão está resolvida cientificamente e que a lista
dos convidados para participar estava desfavorável ao CFP. O CFP tem historicamente
adotado posições ideologicamente favoráveis à homossexualidade, declarando em 1999
que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”,
afirmando que aqueles que discordam são culpados de “preconceito”.
A decisão do CFP de boicotar a audiência
ocorreu depois de uma carta para o CFP escrita por Toni Reis, presidente da
Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transexuais, “sugerindo” que “o
Conselho Federal de Psicologia não se faça presente na referida Audiência
Pública, por entendermos que a mesma é uma afronta à ciência, à dignidade
humana, aos direitos humanos, à laicidade do Estado e à autonomia do Conselho
Federal de Psicologia”.
A carta, uma cópia da qual LifeSiteNews
obteve, também pede que o CFP “se pronuncie oficialmente de forma enfática e
contundente contra essa audiência e contra essa iniciativa, por violar
frontalmente os direitos humanos”.
O Conselho Federal de Psicologia do
Brasil, diferente de outras associações de psicologia, tais como a Associação
Americana de Psicologia (AAP), tem o poder de privar um terapeuta de seu
direito de exercer sua profissão se seus regulamentos forem violados.
O CFP usou seus poderes para censurar a
psicóloga Rozangela Justino em 2009 por conduzir terapia reparativa para
clientes homossexuais que a desejavam, e ordenou que sua divisão no Rio de Janeiro
impusesse o regulamento que proíbe o tratamento.
Estudos recentes indicam que alguns
homossexuais podem aprender a resistir aos seus impulsos homossexuais e até
mesmo desenvolver atração pelo sexo oposto por meio de terapia. A Associação
Americana de Psicologia afirma que a evidência existente não é suficiente para
determinar a eficácia de tal terapia, embora admita que entre aqueles que a
receberam “alguns indivíduos modificaram sua identidade de orientação sexual
(por exemplo, participação e afiliação de grupo), conduta e valores (Nicolosi,
Byrd, & Potts, 2000).”
A Organização Mundial de Saúde continua
a reconhecer a categoria de “homossexualidade
egodistônica” para aqueles que sofrem de atração indesejada pelo mesmo
sexo, e também reconhece o uso de terapia em tais casos.
A OMS também reconhece “desordem de
relacionamento sexual”, em que a orientação sexual interfere com os
relacionamentos existentes. O travestismo e o transexualismo também são
reconhecidos como desordens mentais pela OMS.
Traduzido por Julio Severo do artigo de
LifeSiteNews: Gays
disrupt hearings in Brazilian Congress on psychological treatment for homosexuality
Fonte: www.juliosevero.com
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