Escritor afirma que os sinais de que “Paul está morto” eram sobre o colega de banda de McCartney
© 2009 WorldNetDaily
WASHINGTON,
EUA — A subida meteórica dos Beatles, sem precedentes na cultura
popular e sem rival durante quase quatro décadas depois que a banda se
dividiu, é explicada pelo menos em parte por um pacto que John Lennon
fez com o diabo, diz um livro recente.
No livro “The Lennon Prophecy”,
o escritor Joseph Niezgoda revela que o próprio Lennon, obcecado com o
ocultismo, poderes mágicos, a numerologia e em ser maior do que Elvis
Presley, confidenciou a seu amigo Tony Sheridan que ele fez tal acordo. O
livro também defende a idéia de que os “sinais sobre morte” há muito
ligados a Paul McCartney eram realmente mensagens subliminares dando
pistas sobre o destino fatal de Lennon.
Escrito
por um músico que foi fã dos Beatles a vida inteira, o livro especula
que o pacto foi feito logo antes de a banda experimentar seus primeiros
grandes sucessos e terminou 20 anos mais tarde com o assassinato de
Lennon em Nova Iorque. O assassino foi Mark David Chapman, que
posteriormente afirmou que demônios foram expulsos dele enquanto ele
estava cumprindo sentença na Prisão Estadual de Attica pelo assassinato.
“Chapman
disse que quando o último demônio saiu do seu corpo ele entendeu o
motivo por que ele vivia possesso”, Niezgoda disse para WND. “Foi para
exibir o grande poder de Satanás no mundo usando o assassinato de John
Lennon como o veículo. Sempre cri intuitivamente… que o verdadeiro autor
dessa história é Satanás e que eu sou apenas o mensageiro”.
É
claro que muitos rejeitarão a noção de que há um espírito real chamado
Satanás. Outros zombarão da noção de que as pessoas possam fazer pactos
com ele que possam trazer resultados no mundo real.
Por
isso, Niezgoda dedica um capítulo ao que pode surpreender a muitos
leitores como pactos satânicos razoavelmente bem documentados durante a
História — inclusive o caso de Johann Faust, que, no período da
Renascença, conquistou fama e fortuna talvez iguais às de Lennon e dos
Beatles quatro séculos depois. Ele também teve uma morte prematura
misteriosa e estranhamente inexplicável 20 anos depois.
Embora
Faust se gabasse de realizar mais milagres do que Jesus Cristo, Lennon
criou controvérsia ao se gabar de que sua banda era mais famosa do que
Jesus Cristo.
“Se
John tivesse entrado num pacto de 20 anos com Satanás para adquirir
riqueza e fama mundial, esse contrato terminou em 8 de dezembro de 1980,
com sua morte violenta”, disse Niezgoda. “Contando 20 anos passados,
ocorreu algo incomum na história dos Beatles em dezembro de 1960?”
De
fato, ocorreu, recorda Niezgoda. Em 27 de dezembro de 1960, os Beatles
fizeram um show no salão de bailes da prefeitura de Litherland,
Inglaterra.
“Dizem
que depois da apresentação nessa única noite, os Beatles nunca mais
foram os mesmos”, recorda Niezgoda. “Cada um dos Beatles se lembra dessa
noite como o momento mais decisivo de suas carreiras”.
Logo
depois dessa apresentação inesquecível, os Beatles começaram a tocar no
Clube Caverna de Liverpool, onde se tornaram um fenômeno local. Então
foram para Hamburgo, onde as audiências alemãs ficavam fora de si.
Essa
apresentação também marcou o começo da conduta declaradamente
anticristã de Lennon. No livro “The Love You Make”, de Peter Brown, ele
reconta como Lennon vestia uma coleira de cachorro feita de papel,
depois recortava-a, transformando-a numa cruz de papel, e começava a
pregar à audiência de Hamburgo — desenhando um retrato debochado de
Jesus pendurado na cruz usando um par de pantufas.
Mais
tarde, também na Alemanha, na Sexta-Feira Santa, Lennon direcionou para
um grupo de freiras um retrato de Jesus em tamanho real na cruz
pendurado na sacada de seu apartamento.
“Enquanto
as freiras fitavam pasmas essa exibição sacrílega, John começava a
jogar nelas camisinhas cheias de água”, escreveu o biógrafo Albert
Goldman.
Pete
Best, o baterista original do grupo, também testemunhou tal conduta e
escreveu sobre isso em seu próprio livro descrevendo como Lennon urinou
em outro grupo de freiras da sacada de seu prédio enquanto proclamava:
“Gotas de chuva celestial!”
Esses
eram apenas alguns dos modos como Lennon confrontava e antagonizava
quem adorasse a Cristo — sem nenhuma razão aparente, a não ser para seu
próprio divertimento.
O
livro dedica um capítulo inteiro às tragédias, desapontamentos e
tristezas de Lennon. Sua mãe, Julia, e seu pai, Freddie, brigavam para
ficar com a custódia do menino John. Aos 5 anos, ele foi forçado a
decidir se queria ficar com o pai ou com a mãe. De início, ele escolheu
seu pai. Mas quando sua mãe lhe perguntou se ele tinha certeza, ele
correu para ela.
“John
nunca se esqueceu do horror desse incidente”, escreve Niezgoda. “Deixou
uma cicatriz permanente e grandes sentimentos de insegurança, e só
depois de passados 20 anos é que ele viu seu pai de novo”.
Viver
com Julia Lennon não era fácil. Ele era muitas vezes deixado em casa
sozinho e tinha dificuldade para dormir. Mais tarde Lennon lembrou que
ela “não estava se prostituindo por dinheiro, mas para ter vestidos
caros”.
Aos
6 anos, Lennon começou a fugir de casa para ficar com sua tia Mimi. Ele
aprendeu qual bonde pegar pela qualidade das poltronas de couro preto,
explicou ele.
“Até hoje, adoro couro preto”, diria ele mais tarde. “Acho-o confortante”.
Às vezes, ele era apanhado por adultos preocupados com seu bem-estar e levado a uma delegacia de polícia local.
“Nunca consegui achar as palavras certas para explicar minha situação”, diria ele.
Os
problemas de Lennon prosseguiram no período escolar — ele tinha pouco
interesse em aprender na sala de aula, mostrava desprezo pelos
professores, faltava às aulas, fumava e falava palavrões, colava nas
provas, roubava doces das outras crianças e furtava cigarros para fazer
dinheiro.
Ele foi expulso de um coral de igreja por substituir as letras dos hinos por palavras obscenas.
Outro
biógrafo escreveu: “John regularmente zombava das lideranças da igreja,
satirizava os hinos e fazia desenhos blasfemos de Cristo na cruz de um
jeito que só os desviados conseguem fazer”.
Talvez para compensar sua dura infância, Lennon ficou obcecado de se tornar rico e famoso.
Pete Best recordou como Lennon diria que ia chegar ao topo — de um jeito ou de outro.
“Se
tivermos de ser determinados e enganadores, então isso é o que teremos
de fazer para chegar ali”, Best citou Lennon, que disse: “Não importa o
que seja necessário para chegar ao topo. Poderia causar alguma dor de
cabeça, mas uma vez ali em cima, será um tipo diferente de maçada. Sim,
ele dizia, ‘eu’ e não ‘nós’. Esse era o real John Lennon, brilhante,
divertido, mas cruel”.
Niezgoda
cita o “delírio” sem precedentes e sem igual que cercava os Beatles
como um dos sinais mais intrigantes sugerindo algo sobrenatural na
carreira deles.
“John,
Paul, George e Ringo eram escritores e músicos de muito talento — como
ficou bem evidenciado pelas carreiras solo deles”, Niezgoda disse para
WND. “Mas o que é que estava no começo que os distinguiu de outros
músicos da época deles? O que foi que os elevou em poucos anos da total
obscuridade para se tornarem o maior espetáculo da terra? Quando eles
viajaram para a Austrália em 1964, que tipo de força terrena fez com que
400.000 fãs se ajuntassem fora do hotel deles para meramente olhar de
relance os quatro rapazes de Liverpool? Como dá para explicar de forma
lógica que eles tenham conseguido, por 20 vezes, o lugar número 1 nas
paradas de sucesso num curto período de seis anos?
“Nada
antes ou depois chegou perto de se igualar ao rápido e popular delírio
emocional universal que cercava os Beatles. Não dá para eu ficar
enumerando interminavelmente as realizações sobrenaturais deles… Tentar
explicar a fonte da fama e fortuna dos Beatles é como tentar definir os
poderes da magia”.
No
pico da popularidade deles, os fãs dos Beatles ficaram obcecados com o
que pareciam ser sinais na música deles acerca de uma morte dentro da
banda. Na época, o foco era sobre uma especulação de que McCartney havia
morrido num acidente de carro e havia sido substituído por um sósia.
Nem
mesmo uma entrevista coletiva à imprensa de Paul conseguiu persuadir os
fãs dos sinais de que ele era, de fato, o real Paul. Tudo pareceu
bobagem depois que a longa e reconhecida carreira solo de McCartney
decolou.
“A
suspeita, porém, não era sem mérito”, explica Niezgoda. “As pistas
estavam ali, e numerosas demais para se ignorar. Elas só precisavam ser
vistas mediante lentes diferentes para criar não um quadro de uma
conspiração passada, mas uma tragédia futura. Quando examinadas como
possível profecia, os sinais parecem ser bem claramente não sobre Paul,
mas sobre John Lennon”.
Niezgoda
está convencido de que os Beatles tinham assistência sobrenatural — não
só com sua subida ao topo, mas com esses “sinais” que pareciam tão
convincentes de que algo não estava certo dentro dos Beatles. Ele não
está feliz com sua conclusão. Aliás, como fã a vida inteira dos Beatles,
ele parece estar num conflito profundo.
“Sempre
tive de lidar com o constante conflito do meu amor pela música genuína
deles e o mal que percebo a cerca”, ele disse para WND. “A única
diferença é que tenho procurado definir ou fazer sentido dela com a
ajuda deste livro”.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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